quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Te contei 4 °bimestre

Rio de Janeiro,07 de novembro, de 2013

Te contei 

 

Justin Bieber picha muro em São Conrado.

 Em cinco dias ele destratou fãs, encerrou uma apresentação antes da hora e virou noite em boate. Idolatrado por adolescentes, o cantor canadense Justin Bieber, de 19 anos, tem mostrado seu lado ‘bad boy’ desde que chegou ao Brasil, na sexta-feira. Na madrugada de terça-feira, ele se envolveu em mais confusão: foi flagrado pichando o muro do desativado Hotel Nacional, em São Conrado. Testemunhas contaram que seguranças foram agressivos com quem tentou fotografá-lo com latas de spray nas mãos.

— Os seguranças falavam para não fotografar. Justin estava visivelmente alcoolizado — contou a despachante Ilana Ruela.

Justin fez desenhos e pichou frases em inglês, como “Respeite a privacidade”. Antes de partir, por volta das 5h, ele teria xingado fotógrafos e feito gestos obscenos. Uma patrulha da UPP Rocinha esteve local e foi fotografada com o cantor ao fundo pichando a parede.

Na manhã de terça, três homens cobriram com tinta branca o que foi grafitado pelo cantor. Fãs se revoltaram.

— Ele tinha deixado a marca dele na cidade — reclamou Júlia Fajardo, de 15 anos, que chorou ao ver desenhos cobertos.

Procurada, a PM não se pronunciou sobre a presença da viatura no local sem que os policiais tivessem coibido a ação do cantor. A equipe da 15ª DP (Gávea) apura se o cantor cometeu crime previsto no artigo 65 da Lei no 9.605, que prevê detenção de três meses a um ano para quem picha edificações. Policiais foram até a casa onde Justin está hospedado, no Joá, para que ele fosse ouvido, mas até a noite desta terça Justin não havia sido localizado.


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Educação 4°bimestre

Rio de Janeiro,01 de novembro, de 2013

Educação Cidadã

Entendemos a educação como porta de entrada para uma sociedade de fato cidadã. Mas aqui cabe definir o que entendemos por cidadania. Cidadania é o oposto de privilégio. Cidadania só existe em uma sociedade isonômica. E isonomia não significa padronização. Longe disso, acreditamos que a verdadeira cidadania é aquela que se constrói na diversidade de escolhas. Quanto mais diversa uma sociedade, mais rica será sua contribuição para a vida de todos. A isonomia aqui abordada é a igualdade de oportunidades. Independentemente de qualquer característica específica, nós somos cidadãos brasileiros e é responsabilidade nossa (e não somente do Estado) lutar para que o acesso a tudo aquilo que garante a inclusão social seja universal. Nesse sentido, a educação é um dos primeiros pontos. A igualdade de acesso ao processo educacional é fundamental em uma sociedade pautada na informação e na qualificação do trabalho. Como desenvolver um comportamento cidadão dentro de uma mentalidade que se norteia pela busca do exclusivo e não do inclusivo? É aí que entra a “Educação Cidadã”. Não há educação de fato se ela não for cidadã. Não há problema algum em um sistema educacional privado de qualidade. Ao contrário, saber que a educação é um produto tão valorizado é algo extremamente estimulante. A questão é outra: como aceitar que somente a educação como mercadoria deve ser tratada como produto de qualidade? Como aceitar que uma imensa maioria da população seja excluída do processo educacional por conta de questões meramente econômicas? É necessário ressaltar um processo simples e cristalino: a luta contra a desigualdade e a busca por isonomia se dá a partir dos direitos. As conquistas de cada um são consequências desse processo. Logo, como ressaltou o tweet da UNESCO e o artigo da FSP, de nada adianta continuarmos pensando de forma individualista. Vivemos em sociedade. Cabe em grande parte às nossas ações o que será dessa sociedade e quais as suas consequências sobre nós, indivíduos.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Saúde e bem Star 4°bimestre

Rio de Janeiro,31 de outubro, de 2013

Saúde e Bem Star

Como obter uma alimentação saudável nos dias de hoje?

E, afinal, o que é uma alimentação equilibrada? Hoje em dia, saúde é prevenção. Devemos organizar nossa alimentação para evitar, entre outras coisas, a obesidade. Alimentação equilibrada significa ter em nossa alimentação todos os nutrientes nas quantidades corretas. Utilizamos como orientação para uma alimentação equilibrada a pirâmide de alimentação: mostra qual quantidade de alimentos devemos comer. O primeiro grupo, no topo da pirâmide, são os óleos e gorduras. Devemos, ao preparar os alimentos, colocar o mínimo de óleo possível, tentar evitar a gordura. Açúcares e doces, devemos ingerir uma a duas porções, o que corresponderia a um pedaço de chocolate, ou um doce, por exemplo. Leite e produtos lácteos em três porções. Carnes e ovos, de uma a duas porções. Frutas, de três a cinco porções. E hortaliças, de quatro a cinco porções. Cereais, pães, tubérculos e raízes (batata e mandioca), de cinco a nove porções. No caso, o pão francês corresponde a uma porção (ou duas fatias de pão de forma, ou ainda cinco biscoitos do tipo “água e sal”). Se quiser uma alimentação menos calórica, deve comer quantidades moderadas. Os cereais aparecem em maior quantidade porque precisamos de aproximadamente 60 a 70% de nossa energia proveniente de carboidratos (no caso dos adultos).

Algumas pessoas que se alimentam da mesma forma (com a mesma quantidade de alimentos) e, às vezes, um é obeso e o outro magro. Cada indivíduo tem o metabolismo diferente do outro. Metabolismo é o gasto e a utilização de energia pelo corpo. É necessário avaliar nas pessoas o tipo de atividade física, seu metabolismo, idade, sexo, estado fisiológico (se está em fase de crescimento, gestante, amamentando,...).

As pessoas também costumam bater as frutas no liquidificador para consumi-las. Nesse procedimento, se destrói uma pequena parcela dos nutrientes, mas é mínima. Sempre existe uma certa perda, por exemplo, o suco de laranja deve ser consumido rapidamente, pois quando a vitamina C entra em contato com o ar, ela praticamente perde sua função. Os alimentos processados, às vezes, têm uma perda maior, pois passam por processos indústriais. Porém, existem muitas variações na perda de nutrientes de alimento para alimento, e também em cada tipo de processamento.

É importante – e relativamente barato – ter em casa uma boa variedade de frutas, legumes e verduras. É muito mais econômico adquirir esses produtos do que biscoitos recheados, refrigerantes e chocolates. Fazer a alimentação equilibrada não é caro, é algo que podemos fazer. Pode-se até ter uma horta, para obter as hortaliças, ou galinhas, para ovos.

Através de uma boa alimentação, vamos ter saúde. Analisando tantas pessoas doentes, obesas, com pressão alta, devemos prestar atenção nas formas que elas se alimentam. Provavelmente, uma alimentação desequilibrada, e por um longo tempo. O nosso organismo até resiste à uma má alimentação por certo tempo, mas por tempo prolongado pode-se vir a ter diversos problemas. É muito importante corrigir desde a infância. Com saúde, podemos viver felizes, em harmonia entre a nossa mente e o nosso corpo. Como sugestões:

  • Alimentação variada e pelo menos três refeições (café da manhã almoço e jantar). O ideal é lanchar (com frutas, iogurte ou leite) às 10 e às 15 horas. Coma um lanche à noite, se der fome. Assim pode-se fracionar a alimentação em seis refeições por dia, equilibradamente;

  • Comer sempre verduras e legumes;

  • Comer sempre sal e açúcar com moderação. Devemos tentar sentir o sabor natural das coisas. Colocar menos ou até comer sem açúcar;

  • Tomar diariamente bastante água;

  • Ter bastante higiene com os alimentos;

  • Manter o peso, controlando a ingestão de alimentos e fazendo exercícios físicos (é uma forma de equilibrar a alimentação);

  • Faça das refeições um encontro agradável. Não é hora de brigas e desentendimentos.

 

O mundo 4 °Bimestre

Rio de Janeiro,31 de outubro, de 2013

O mundo

 

AVC é a principal causa de morte no Brasil

 

O que é AVC?

O acidente vascular cerebral, ou derrame cerebral, ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada. O AVC também é chamado de Acidente Vascular Encefálico (AVE).

Tipos de AVC

Sintomas de AVC

  • Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo
  • Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo
  • Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos
  • Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem
  • Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente
  • Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos



terça-feira, 22 de outubro de 2013

A cultura -4°bimestre

Rio de Janeiro,22 de outubro, de 2013

 A cultura

Em primeiro lugar, devemos ter em mente que “cultura” é um conceito usado genericamente para falar da totalidade dos valores e das práticas humanas. Neste sentido, cultura é tudo o que é produzido pelo ser humano enquanto não é próprio da natureza. Em um segundo sentido, costumamos chamar de cultura um tipo de recorte para definir práticas relacionadas às artes e às chamadas ciências humanas voltadas à pesquisa de cunho antropológico e social. Distinguem-se das ciências duras voltadas para a pesquisa sobre a natureza.

Ciências 4°bimestre

Rio de Janeiro,22 de outubro, de 2013

Ciências


Tratamento de Água






O tratamento de água consiste na remoção de impurezas e contaminantes antes de destiná-la ao consumo. Isso porque a água sempre contém resíduos das substâncias presentes no meio ambiente como microorganismos e sais minerais, necessitando, pois, de tratamento para remover as impurezas que podem ser prejudiciais ao homem.

O tratamento da água varia conforme a sua captação. Se ela for em águas subterrâneas de poços profundos, geralmente dispensa tratamento, pois essas águas são naturalmente filtradas pelo solo e, como não estão expostas, não foram contaminadas, logo também não apresentam turbidez. Necessitando apenas de uma desinfecção com cloro.

Já para as águas captadas na superfície é necessário um tratamento especial que consiste em 8 fases:

1 - A oxidação é o primeiro passo, quando os metais presentes na água, principalmente ferro e manganês, são oxidados através da injeção de substâncias como o cloro, tornando-os insolúveis. O que permitirá sua remoção nas próximas etapas.

2 - Na segunda etapa, a coagulação, é feita a remoção das partículas de sujeira através de uma mistura rápida de sulfato de alumínio  ou cloreto férrico que irão aglomerar os resíduos formando flocos. Podemos, também, adicionar cal para melhorar o processo e manter o pH da água constante.

3 - Em seguida, na etapa de floculação, a água é movimentada para que os flocos se misturem ganhando peso e consistência.

4 - Com isso, na etapa de decantação, os flocos formados irão se separar da água, ficando armazenados no fundo dos tanques.

5 - Então, a água passa por um processo de filtração para retirar as impurezas restantes. Geralmente utilizam-se filtros constituídos por camadas de areia, antracito e cascalho que irão segurar as partículas restantes.

6 - Começa então o processo de desinfecção, quando a água já limpa recebe o cloro para eliminar germes que podem estar presentes e garantir que ela continue assim nas redes de distribuição e nos reservatórios.

7 - Em seguida, é necessária a correção do pH da água para evitar a corrosão da canalização das casas ou a incrustação.

8 - Na última etapa, tem-se a fluoretação. A água recebe um composto de flúor chamado ácido fluossilícico que reduz a incidência de cárie dentária na população.

O tratamento da água é a principal forma de prevenir doenças como a leptospirose, a cólera e diversas outras que ameaçam a saúde humana. Uma prova disso é que a preocupação com a qualidade água e sua relação com a saúde tem registros desde o ano de 2000 a.C. quando, na Índia já era recomendado que a água devia ser purificada pela fervura ou filtração.

 

Política 4°bimestre

Rio de Janeiro,22 de outubro, de 2013

Política 

 


Dilma diz que regime de partilha não muda e que está 'satisfeita' com leilão

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (22) o regime de partilha adotado no leilão de Libra, o primeiro de um campo de petróleo da camada do pré-sal, afirmou que não vê necessidade de ajustes no modelo e se disse "bastante satisfeita" com o resultado do certame.

O vencedor do leilão foi o consórcio de empresas formado pela brasileira Petrobras, a anglo-holandesa Shell, a francesa Total e as chinesas CNPC e CNOOC. Único a apresentar proposta, o consórcio ofereceu repassar à União 41,65% do excedente em óleo extraído do campo, percentual mínimo fixado pelo governo no edital – nesse leilão, pelo chamado de regime de partilha, vencia quem oferecesse ao governo a maior fatia de óleo

"É visível – eu disse no meu pronunciamento [na noite de segunda, na TV] – que o modelo de partilha tem um mérito. Esse mérito não foi muito bem avaliado. É o fato de que parte significativa das reservas do campo de Libra ficarão com o governo federal. Se 75% é do governo federal, estados e municípios e o restante, 10%, é da Petrobras, o que fica claro é que há uma incompreensão sobre o que é Libra", declarou, em entrevista coletiva após a cerimônia de sanção da lei do programa Mais Médicos, no Palácio do Planalto.

No regime de partilha, as empresas repartem com o governo o resultado da exploração. A adoção do regime, em substituição ao de concessões, faz com que o Estado fique com uma parcela da produção física em cada campo de petróleo. A empresa paga um bônus à União ao assinar o contrato e faz a exploração por sua conta e risco. Se achar petróleo, será remunerada em petróleo pela União por seus custos. No regime de concessão, os consórcios vencedores ficam com todo o óleo de um bloco arrematado em leilão, somente pagando ao governo impostos, royalties e participação especial.

Dilma elogiou o consórcio vencedor, se disse 'bastante satisfeita' e classificou o leilão como "um sucesso". "Conseguimos o maior consórcio de empresas do mundo para explorar o pré-sal. Não vejo onde esse modelo precisa de ajuste", declarou, a respeito de comentários de que o regime de partilha teria de ser reavaliado nos próximos leilões.

Segundo ela, ninguém do governo afirmou "o interesse de modificar qualquer coisa". Perguntada se o modelo adotado no leilão necessitava de ajustes, respondeu: "Eu não vejo onde o modelo precisa de ajustes".Aqueles que querem mudar isso, mostrem suas faces e defendam. Não atribuam ao governo o interesse em modificar qualquer coisa. O governo está satisfeito com o modelo de partilha. E essa história, que eu fico assim intrigada, muitas vezes eu acordo de manhã, olho para o espelho e pergunto a mim mesmo: 'quem será essa fonte do Planalto? Quem será essa fonte do governo?' É uma coisa que me intriga, viu?", disse, supostamente em referência a notícias que atribuíam a integrantes do governo a informação de que a adoção do regime de partilha pode vir a ser revista.

A presidente disse que não entendeu na "longa antevéspera do leilão" análises que colocavam em dúvida o êxito da operação. Segundo ela, é uma "obviedade" que o leilão foi um dos maiores do mundo.

Dilma afirmou que, como ela, o governo ficou "satisfeito" com o leilão do campo do pré-sal, cujo efeito, segundo disse, será a amplicação do investimento público em educação.

"[O governo] acha o consórcio sólido e está satisfeito com o que lhe cabe da receita. Está satisfeito com a destinação da riqueza, dessa alquimia que nós conseguimos. Porque nós transformamos e vamos transformar petróleo em educação, petróleo em saúde. Nós vamos transformar petróleo em desenvolvimento da indústria naval, da indústria dos fornecedores, dos prestadores de serviço, toda aquela indústria que gira em torno da exploração de um campo", declarou.

Privatização
Antes, no discurso durante a solenidade de sanção da lei do Mais Médicos, Dilma afirmou que quem classifica como "privatização" o leilão do campo de Libra desconhece os números da operação.

No pronunciamento que fez em rede nacional de rádio e TV, na noite do dia anterior, ela já tinha dito que o leilão do pré-sal é "bem diferente" de privatização. Após o leilão, políticos de oposição, como o senador Aécio Neves, possível candidato a presidente da República, afirmaram que o governo reconheceu a "importância do investimento privado".

"Esse campo [Libra] vai permitir de fato grandes recursos para a saúde e educação http://voddownload.globo.com/black.mp4

Ética e Cidadania - 4°bimestre

Rio de Janeiro,22 de outubro, de 2013

Ética e Cidadania 

 

 

A ética e a cidadania estão sempre lado a lado, estando aquela inserida nos deveres que todo cidadão deve cumprir. Entretanto, a falta de ética está muito presente no Brasil, como na política e na educação. Isso ocorre, principalmente, pelo despreparo familiar e escolar e pelo próprio descaso da sociedade.

No Brasil,quando a falta de ética é comentada,a maioria das pessoas pensa logo na política. Muitos governantes, que deveriam buscar o bem da sociedade, desviam dinheiro de obras públicas para benefício próprio, prejudicando os direitos que a população tem à educação e à saúde de qualidade, à moradia, dentre outros. Porém, a falta de ética também ocorre em outros ofícios na sociedade, como os patrões que assediam seus trabalhadores, professores que falam mal de outros professores em sala de aula e funcionários públicos que aparecem somente nos dias de pagamento.

A cidadania é algo que deve ser discutido no ambiente familiar e escolar e, também, na sociedade. Infelizmente, as famílias, hoje, estão mal estruturadas, não cumprindo com seus principais deveres, e as escolas, principalmente as públicas, são de baixa qualidade, deixando de lado várias áreas de ensino importantes na formação dos alunos. O descaso da própria sociedade em relação a falta de ética,também, é outro fato que contribui para que ela continue presente

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Educação 3°bimestre


Rio de Janeiro,05 de setembro,de 2013

Educação

 Educação engloba os processos de ensinar e aprender. É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. Enquanto processo de sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade. Nesse sentido, educação coincide com os conceitos de socialização e endoculturação, mas não se resume a estes.

  A educação sofre mudanças, das mais simples às mais radicais, de acordo com o grupo ao qual ela se aplica, e se ajusta a forma considerada padrão na sociedade. Mas, acontece também no dia-a-dia, na informalidade, no cotidiano do cidadão. Nesse caso sendo ela informal.


O mundo 3°bimestre

Rio de Janeiro,05 de setembro,de 2013

O mundo

Estudantes voltam a protestar no Chile contra educação de Pinochet


Protesto acabou em confronto no Chile Foto: AFP 

Os estudantes chilenos voltaram a protestar nesta quinta-feira em Santiago para exigir uma profunda reforma educacional e para acabar com outros legados da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

A manifestação, a menos de uma semana da celebração dos 40 anos do golpe de Estado que instaurou a ditadura de Pinochet, começou na Plaza Italia, no centro da cidade, onde uma multidão iniciou uma passeata em direção à Estação Mapocho, em meio a fortes medidas policiais.

Cartazes com frases como "a 40 anos do golpe, o golpe é dado por nós" ou "fim à educação do tirano" eram exibidos pelos manifestantes. O protesto reuniu, segundo a Confederação de Estudantes do Chile (Confech), 80 mil pessoas, enquanto a polícia contabilizou a mobilização em 25 mil manifestantes.

Antes do fim do protesto, ocorreram confrontos entre manifestantes e agentes das forças especiais da polícia, que tentou dispersar as pessoas com canhões d'água e bombas de gás lacrimogêneo.

Manifestantes encapuzados jogaram pedras e paus nos agentes policiais, montaram barricadas e destruíram o mobiliário público.

Os estudantes chilenos protestam por educação gratuita e de qualidade desde 2011. Algumas das manifestações chegaram a reunir mais de 100 mil pessoas, as maiores em 20 anos desde que a democracia retornou ao Chile, em 1990

 

Cultura 3°bimestre


Rio de Janeiro,05 de setembro,de 2013


Capoeira:

É dança? É jogo? É luta? É tudo isso ao mesmo tempo? Parece que sim, e é isso que a torna tão complexa, tão rica, tão surpreendente. É luta, "das mais violentas e traiçoeiras", dissimulada, disfarçada em "brinquedo", jogo de habilidade física, astúcia, beleza... e muita malícia!

 O espaço em que se pratica a capoeira é a roda, um círculo em torno do qual se sentam (ou apenas se agacham) os praticantes. Junto à entrada da roda ficam os instrumentos, com o(s) berimbau(s) ao centro, comandando a roda. Todos os participantes devem saber tocar os instrumentos, de modo que possam revezar-se na função, permitindo assim que todos tenham sua vez de jogar. As palmas são responsabilidade daqueles que estão sentados assistindo, esperando sua vez de jogar, acompanhando sempre o ritmo ditado pelo berimbau. Todos devem responder em coro aos versos cantados. Uma boa roda de capoeira acontece quando todos os envolvidos, ainda que poucos, estiverem participando com vontade, dando corpo ao acompanhamento musical e aumentando assim a motivação daqueles que jogam.

Ciências 3°bimestre

Rio de Janeiro,05 de setembro de 2013

Ciências

 

Ciclo da Água

A água é a única substância que existe na natureza em todos os três estados da matéria: sólido, líquido e gasoso. A coexistência destes três estados implica que existam transferências contínuas de água de um estado para outro; esta sequência fechada de fenômenos pelos quais a água passa do globo terrestre para a atmosfera é designado por ciclo hidrológico ou CICLO DA ÁGUA.

O ciclo da água inicia-se com a energia solar que incide na Terra. A transferência da água da superfície terrestre para a atmosfera, passando do estado líquido ao estado gasoso, processa-se através da evaporação direta, por transpiração das plantas e dos animais.



 A vegetação tem um papel importante neste ciclo, pois uma parte da água que cai é absorvida pelas raízes e acaba por voltar à atmosfera pela transpiração ou pela simples e direta evaporação. Durante esta alteração do seu estado físico absorve calor, armazenando energia solar na molécula de vapor de água à medida que sobe à atmosfera.




Dado a influência da energia solar no processo de evaporação, a água evapora-se em particular durante os períodos mais quentes do dia e em particular nas zonas mais quentes da Terra.

A água que atinge o solo tem diferentes destinos. Parte é devolvida à atmosfera através da evaporação, parte infiltra-se no interior do solo, alimentando os lençóis freáticos. O restante, escorre sobre a superfície em direcção às áreas de altitudes mais baixas, alimentando diretamente os lagos, riachos, rios, mares e oceanos.

 A infiltração é assim importante, para regular a vazão dos rios, distribuindo-a ao longo de todo o ano, evitando, assim, os fluxos repentinos, que provocam inundações. Caindo sobre uma superfície coberta com vegetação, parte da chuva fica retida nas folhas. A água interceptada evapora, voltando à atmosfera na forma de vapor.



Processos:

  • Evaporação é a transformação da água do estado líquido para o estado gasoso à medida que se desloca da superfície para a atmosfera.

  • Condensação é a transformação do vapor de água em água líquida, com a criação de nuvens e nevoeiro, isto é, passa do estado gasoso para o líquido.

  • Solidificação ocorre quando a água passa do estado líquido para o sólido, isto é, congela.

  • Fusão ocorre quando a água no estado sólido passa ao estado líquido. 

  • Precipitação consiste nas gotas condensadas que caem sobre a superfície terrestre - chuva, neve ou granizo.

  • Infiltração consiste no fluxo de água da superfície que se infiltra no solo.

  • Escorrência - Escoamento superficial das águas na superfície terrestre, nomeadamente do solo para os mares.

 

Ti Contei ? 3°bimestre

Rio de Janeiro,05 de setembro, de 2013

O Bullying

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente.

 Bullying - É exercido por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa.Bullying: Uma vítima do bullying.


ética e Cidadania - 3°bimestre

Rio de Janeiro,05 de setembro, de 2013

Ética e Cidadania 

Ética e cidadania são dois conceitos fulcrais na sociedade humana. A ética e cidadania estão relacionados com as atitudes dos indivíduos e a forma como estes interagem uns com os outros na sociedade.

Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”.

Cidadania significa o conjunto de direitos e deveres pelo qual o cidadão, o indivíduo está sujeito no seu relacionamento com a sociedade em que vive. O termo cidadania vem do latim, civitas que quer dizer “cidade”.

Um dos pressupostos da cidadania é a nacionalidade, pois desta forma ele pode cumprir os seus direitos políticos. No Brasil os direitos políticos são orquestrados pela Constituição Federal. O conceito de cidadania tem se tornado mais amplo com o passar do tempo, porque está sempre em construção, já que cada vez mais a cidadania diz respeito a um conjunto de parâmetros sociais.

 

Mundo 3°bimestre

Rio de Janeiro,05 de setembro,de 2013

Política



Rio de Janeiro – O papa Francisco deixou uma mensagem aos políticos durante sua passagem pelo Brasil: de que é preciso valorizar a simplicidade e o serviço, em detrimento da carreira. A avaliação foi feita pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, ao chegar para a cerimônia de despedida do pontífice, na Base Aérea do Galeão.

¨Foi fortíssima [a mensagem para a classe política]. Quando ele chega aqui no Galeão e em vez de entrar em um carro preto blindado entra em um carro de classe média e quando ele se aproxima do povo, quando ele não tem medo do povo, quando fala que é importante o pastor ter o cheiro da ovelha, ele dá uma enorme lição para nós. De que a política não pode ser carreira, tem que ser serviço ao povo. É uma lição que eu espero que todos nós aprendamos

Saúde e bem star - 3°bimestre

Rio de Janeiro,05 de setembro, de 2013

Saúde e bem Star

Água, nosso bem natural!

Beber dois litros de água por dia faz bem à saúde e à beleza. A água regula as funções do organismo, hidrata pele e cabelos, evita cáculos renais e controla a saciedade, entre outros benefícios.
— Beber diariamente a quantidade ideal é vital para a saúde —

:::: Poderosa arma contra a celulite
Ajuda o organismo a eliminar as impurezas, além de facilitar a evacuação e melhorar a circulação sanguínea. O resultado disso evita o aparecimento da celulite.
:::: Disfarça as rugas
Quando a pele está hidratada, as rugas se tornam menos perceptíveis e a pele fica mais firme.
:::: Fonte rica de beleza
Controla os níveis nutricionais sanguíneos e favorece a absorção dos nutrientes necessários ao equilíbrio celular.
:::: Unhas e cabelos hidratados
É possível notar se o corpo está hidratado avaliando as características do cabelo e das unhas.
— A pele é a primeira a sofrer, pois a desidratação provoca diminuição do tônus, textura e elasticidade — ressalta o nutricionista.
:::: Livre-se dos inchaços
Quando o corpo está hidratado, o volume de sangue aumenta e melhora a circulação. Beber água ao longo do dia evita que o organismo retenha sódio, responsável pelos inchaços.
:::: Equilíbrio corporal
O consumo adequado contribui para a absorção dos nutrientes necessários ao equilíbrio da pele. Além disso, a água estimula o intestino que elimina toxinas impedindo que o seu acúmulo seja refletido na pele.
:::: Rejuvenesce
É uma forte aliada dos cremes hidratantes, pois ambos trabalham juntos para deixar a pele mais bonita e saudável. Os cremes conseguem atingir a camada superficial da derme, enquanto a água é capaz de hidratar as camadas mais profundas da derme.
:::: Contra o envelhecimento
As fibras de colágeno, responsáveis pela sustentação da pele, dependem da água para a sua renovação e seu bom funcionamento.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

O mundo rj 04/07/2013

Rio de Janeiro,04 de julho de 2013-                       2°bimestre

O Mundo

A Polícia Militar (PM) de Minas começou ontem a exigir a apresentação do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) de 2013 para condutores de veículos com placas que terminam em 1 e 2. O prazo para o pagamento da renovação do documento era dia 1º de abril, e quem for flagrado sem a documentação em dia vai ser punido. De acordo com o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), 68% dos motoristas já estão com os documentos regularizados.

A coordenadora de administração de Trânsito do Detran-MG, delegada Rafaela Gigliotti, afirmou que o documento chega à casa do proprietário do veículo. “Para isso, é preciso que os motoristas estejam com todas as taxas do veículos regularizadas e em dia também com o pagamento das multas. O veículo tem que estar sem nenhum impedimento de endereço ou judicial”, disse.
A renovação do crlv que deve ser feita anualmente, custou R$ 71,30 neste ano. “Todos os veículos já deveriam estar regularizados, mas quem ainda não pagou o licenciamento e as outras taxas deve fazê-lo o quanto antes”, alertou Rafaela. A expectativa de arrecadação não foi revelada.

Segundo ela, quem precisar de qualquer informação sobre o documento deve entrar no site do órgão: www.detran.mg.gov.br). 
Fiscalização. Na capital, a PM fará blitz em vários pontos. Segundo uma portaria publicada pelo Detran neste mês, a punição cabe apenas para condutores de veículos com final 1 e final 2. A partir do próximo mês, o documento será exigido dos motoristas de carros com placas de finais 3 e 4.A Polícia Militar (PM) de Minas começou ontem a exigir a apresentação do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) de 2013 para condutores de veículos com placas que terminam em 1 e 2. O prazo para o pagamento da renovação do documento era dia 1º de abril, e quem for flagrado sem a documentação em dia vai ser punido. De acordo com o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), 68% dos motoristas já estão com os documentos regularizados.

A coordenadora de administração de Trânsito do Detran-MG, delegada Rafaela Gigliotti, afirmou que o documento chega à casa do proprietário do veículo. “Para isso, é preciso que os motoristas estejam com todas as taxas do veículos regularizadas e em dia também com o pagamento das multas. O veículo tem que estar sem nenhum impedimento de endereço ou judicial”, disse.
A renovação do CRLV, que deve ser feita anualmente, custou R$ 71,30 neste ano. “Todos os veículos já deveriam estar regularizados, mas quem ainda não pagou o licenciamento e as outras taxas deve fazê-lo o quanto antes”, alertou Rafaela. A expectativa de arrecadação não foi revelada.

Segundo ela, quem precisar de qualquer informação sobre o documento deve entrar no site do órgão: www.detran.mg.gov.br). 
Fiscalização. Na capital, a PM fará blitz em vários pontos. Segundo uma portaria publicada pelo Detran neste mês, a punição cabe apenas para condutores de veículos com final 1 e final 2. A partir do próximo mês, oOperações em vários pontos de Belo Horizonte vão fiscalizar o porte de documento documento será exigido dos motoristas de carros com placas de finais 3 e 4.

quarta-feira, 26 de junho de 2013


Rio de Janeiro,26 de junho, de 2013                           2°bimestre

Te contei!


 

Projetado para calcular rotas estratégicas durante o ataque aos países do Eixo, durante a Segunda guerra mundial, o integrador e calculador numérico elétrico, o primeiro computador do mundo  completou em 2006, 60 anos de idade. Apesar de seu projeto e construção terem sidos iniciados em 1943, sua conclusão e lançamento deram-se somente três anos mais tarde, mais precisamente em 14 de fevereiro de 1946. Com cerca de 30 toneladas, 5,5 metros de altura, 25 metros de comprimento, 70 mil resistores e, aproximadamente 18 mil válvulas a vácuo, o gigante ocupava 180 metros quadrados, a área de um ginásio esportivo. Apesar de seu tamanho e robustez, o ENIAC nada mais era do que uma grande calculadora. Com seus 6 mil interruptores, era necessário uma equipe de 80 pessoas para operá-lo. Para saber mais sobre o primeiro computador do mundo fique atento as nossas dicas.

Conheça o primeiro computador do mundo e suas funções

ENIAC  e suas funções.Essas pessoas geralmente mulheres, que davam ao ENIAC as instruções necessárias para este computar, eram chamadas computadoras. Entretanto, anos mais tarde o termo passou a ser usado para designar a máquina, que efetuava os cálculos. Seus cálculos que, manualmente chegavam a demorar 12 horas para obter-se um resultado, eram resolvidos em alucinantes 30 segundos pelo gigante de metal e resistores. Cada um de seus interruptores correspondia a uma informação para o cálculo, representados por ligado e desligado. Por esse motivo, os botões de Liga/Desliga de grande parte dos equipamentos apresentam o desenho de um círculo com um “risquinho” vertical.

Conheça o primeiro computador do mundo e seus criadores

Criadores do primeiro computador do mundo.Mesmo após tanto tempo depois de sua criação pelos professores John Mauchly, e J. Presper Eckert, o primeiro computador ainda é lembrado por muitos aficcionados por eletrônicos e pode ser visto em diversos museus pelo mundo, como o Smithsonian em Washington D.C. e no local preciso onde foi construído, na Moore School for Electrical Engineering da Universidade da Pensilvânia. Após dez anos de operação, o ENIAC foi desativado. Haviam surgido equipamentos com maior capacidade e menor tamanho e custo. Em 1955 um computador pesava “somente” 3 toneladas e consumiam 50 kwatts de potencia, contra 200 kwatts ferozmente consumidos pelo ENIAC.
O ENIAC se destacou por realizar 5 mil operações por segundo, velocidade mil vezes superior à de seus antecessores. Hoje, se comparado com os computadores atuais, o poder de processamento do ENIAC seria menor do que o de uma simples calculadora de bolso.




A Internet 

 Acesso a Internet, provedores, Internet no Brasil, avanço da Informática, computadores, História da Internet, as redes sociais

História da Internet 
história da internet
Internet: conectando os usuários aos serviços e pessoas do mundo todo
Introdução 
A rede mundial de computadores, ou Internet, surgiu em plena Guerra Fria. Criada com objetivos militares, seria uma das formas das forças armadas norte-americanas de manter as comunicações em caso de ataques inimigos que destruíssem os meios convencionais de telecomunicações. Nas décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para fins militares, a Internet também foi um importante meio de comunicação acadêmico. Estudantes e professores universitários, principalmente dos EUA, trocavam idéias, mensagens e descobertas pelas linhas da rede mundial.
Desenvolvimento da Internet 
Foi somente no ano de 1990 que a Internet começou a alcançar a população em geral. Neste ano, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World Wide Web, possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. A partir deste momento, a Internet cresceu em ritmo acelerado. Muitos dizem, que foi a maior criação tecnológica, depois da televisão na década de 1950.
A década de 1990 tornou-se a era de expansão da Internet. Para facilitar a navegação pela Internet, surgiram vários navegadores (browsers) como, por exemplo, o Internet Explorer da Microsoft e o Netscape Navigator.O surgimento acelerado de provedores de acesso e portais de serviços on line contribuíram para este crescimento. A Internet passou a ser utilizada por vários segmentos sociais. Os estudantes passaram a buscas informações para pesquisas escolares, enquanto jovens utilizavam para a pura diversão em sites de games. As salas de chat tornaram-se pontos de encontro para um bate-papo virtual a qualquer momento. Desempregados iniciaram a busca de empregos através de sites de agências de empregos ou enviando currículos por e-mail. As empresas descobriram na Internet um excelente caminho para melhorar seus lucros e as vendas on line dispararam, transformando a Internet em verdadeiros shopping centers virtuais.
Nos dias atuais, é impossível pensar no mundo sem a Internet. Ela tomou parte dos lares de pessoas do mundo todo. Estar conectado a rede mundial passou a ser uma necessidade de extrema importância. A Internet também está presente nas escolas, faculdades, empresas e diversos locais, possibilitando acesso as informações e notícias do mundo em apenas um click.
A febre das redes sociais
A partir de 2006, começou uma nova era na Internet com o avanço das redes sociais. Pioneiro, o Orkut ganhou a preferência dos brasileiros. Nos anos seguintes surgiram outras redes sociais como, por exemplo, o Facebook e o Twitter.
Os sites de compras coletivas
A partir de 2010, um novo serviço virou febre no mundo da Internet. Conhecidos como sites de compras coletivas, eles fazem a intermediação entre consumidores e empresas. Estes sites conseguem negociar descontos para a venda de grande quantidade de produtos e serviços. Os consumidores compram cupons com 50% de desconto ou até mais. Os sites que mais se destacam neste segmento são: Peixe Urbano e Groupon.
Você sabia?
- Os browsers (navegadores de Internet) mais usados na atualidade são:
- Internet Explorer
- Firefox
- Ópera
- Google Chrome

 

Rio de Janeiro,26 de junho, de 2013               2°bimestre

Ética e Cidadania

 

Ser  ético faz parte do cidadão

A ética e a cidadania estão sempre lado a lado, estando aquela inserida nos deveres que todo cidadão deve cumprir. Entretanto, a falta de ética está muito presente no Brasil, como na política e na educação. Isso ocorre, principalmente, pelo despreparo familiar e escolar e pelo próprio descaso da sociedade.

No Brasil,quando a falta de ética é comentada,a maioria das pessoas pensa logo na política. Muitos governantes, que deveriam buscar o bem da sociedade, desviam dinheiro de obras públicas para benefício próprio, prejudicando os direitos que a população tem à educação e à saúde de qualidade, à moradia, dentre outros. Porém, a falta de ética também ocorre em outros ofícios na sociedade, como os patrões que assediam seus trabalhadores, professores que falam mal de outros professores em sala de aula e funcionários públicos que aparecem somente nos dias de pagamento.


A cidadania é algo que deve ser discutido no ambiente familiar e escolar e, também, na sociedade. Infelizmente, as famílias, hoje, estão mal estruturadas, não cumprindo com seus principais deveres, e as escolas, principalmente as públicas, são de baixa qualidade, deixando de lado várias áreas de ensino importantes na formação dos alunos. O descaso da própria sociedade em relação a falta de ética,também, é outro fato que contribui para que ela continue presente.

É presciso, portanto, a realização de campanhas que preparem as famílias para ensinarem aos filhos o que é ser ético e cidadão. É preciso também uma qualificação dos professores para que haja uma melhora na qualidade de ensino e ,assim, as escolas possam preparar os seus alunos para a prática da cidadania por meio de atividades dinâmicas e de brincadeiras que ilustrem situações da realidade.Para a sociedade,além de campanhas conscientizadoras,é preciso a realização de debates que estimulem um pensamento crítico sobre a ética e a cidadania.p


Rio de Janeiro,26 de junho, de 2013                   2°bimestre

 Ciências

Ciência e explicação

Aristóteles contribuiu para o desenvolvimento de muitas ciências, mas, em retrospectiva, percebe-se que o valor desse contributo foi bastante desigual. A sua química e a sua física são muito menos impressionantes do que as suas investigações no domínio das ciências da vida. Em parte porque não possuía relógios precisos nem qualquer tipo de termómetro, Aristóteles não tinha consciência da importância da medição da velocidade e da temperatura. Ao passo que os seus escritos zoológicos continuavam a ser considerados impressionantes pelo próprio Darwin, a sua física estava já ultrapassada no século vi d. C.

Em obras como Da Geração e Corrupção e Do Céu, Aristóteles legou aos seus sucessores uma imagem do mundo que incluía muitos traços herdados dos seus predecessores pré-socráticos. Adoptou os quatro elementos de Empédocles: terra, água, ar e fogo, caracterizado cada um deles por um único par de qualidades primárias, calor, frio, humidade e secura. Cada elemento tinha o seu lugar natural no cosmos ordenado, em direcção ao qual tinha tendência para ir por meio de um movimento característico; assim, os sólidos terrestres caíam, enquanto o fogo se erguia cada vez mais alto. Cada um desses movimentos era natural ao seu elemento; existiam outros, mas eram «violentos». (Mantemos hoje um vestígio desta distinção aristotélica quando contrastamos a «morte natural» com a «morte violenta».) A Terra ocupava o centro do universo: em seu torno, uma sucessão de esferas cristalinas concêntricas sustentavam a Lua, o Sol e os planetas nas suas viagens ao longo dos céus. Mais distante, uma outra esfera sustentava as estrelas fixas. Os corpos celestes não continham os quatro elementos terrestres; eram antes constituídos por um quinto elemento, ou quintessência. Além de corpos, possuíam almas: intelectos vivos divinos que guiavam as suas viagens ao longo do céu. Estes intelectos eram responsáveis pelo movimento, estando eles próprios em movimento, e por detrás deles, afirmava Aristóteles, deveria existir uma fonte de movimento, estando ela própria, no entanto, imóvel. Era a divindade última e imutável que punha em movimento todos os outros seres «em resultado do amor» — o mesmo amor que, nas últimas palavras do Paraíso de Dante, movia o Sol e as primeiras estrelas.

Mesmo o melhor dos estudos científicos de Aristóteles possui hoje um interesse meramente histórico; em vez de registar as suas teorias em pormenor, passarei a descrever a noção de ciência que sustenta todas as suas investigações nos diversos domínios. A concepção aristotélica de ciência pode ser resumida se dissermos que era empírica, explicativa e teleológica.

A ciência começa pela observação. No decurso das nossas vidas apercebemo-nos das coisas com os nossos sentidos, recordamo-las, construímos um corpo de experiências. Os nossos conceitos são retirados da nossa experiência; na ciência, a observação tem primazia sobre a teoria. Embora, no seu estado de maturidade, se possa fixar e transmitir a ciência por meio da forma axiomática descrita nos Analíticos Posteriores, torna-se evidente, pelos trabalhos pormenorizados de Aristóteles, que a ordem da descoberta é diferente da ordem da exposição.

Se a ciência começa com a percepção sensorial, termina com o conhecimento intelectual, que Aristóteles vê como possuindo um carácter especial de necessidade. As verdades necessárias são como as verdades imutáveis da aritmética: dois mais dois são quatro, sempre assim foi e sempre assim será. Opõem-se-lhes as verdades contingentes, tais como a verdade de os gregos terem vencido uma grande batalha naval em Salamina; algo que poderia ter acontecido de outro modo. Parece estranho afirmar, como Aristóteles, que aquilo que é conhecido tem de ser necessário: não será que podemos ter também conhecimento de factos contingentes da experiência, tais como o de Sócrates ter bebido a cicuta? Houve quem julgasse que Aristóteles estava a argumentar, falaciosamente, partindo da verdade

 É conhecida, p é necessariamente verdadeira.

o que não é de modo algum a mesma coisa. (É uma verdade necessária que se eu sei que há uma mosca na minha sopa, há uma mosca na minha sopa. Mas, mesmo que eu saiba que há uma mosca na minha sopa, não é necessariamente verdade que haja uma mosca na minha sopa: posso tirá-la de lá.) Mas talvez Aristóteles estivesse a definir a palavra grega para «conhecimento» de modo a restringir-se ao conhecimento científico. É uma hipótese muito mais plausível, especialmente se levarmos em linha de conta que, para Aristóteles, as verdades necessárias não se restringem às verdades da lógica e da matemática, mas incluem todas as proposições universalmente verdadeiras, ou mesmo «verdadeiras na sua maior parte». Mas a consequência — que seria certamente aceite por Aristóteles — de que a história não pode ser uma ciência, já que lida com acontecimentos individuais, mantém-se.

A ciência é, pois, empírica; é também explicativa, no sentido em que é uma procura de causas. No léxico filosófico incluído na sua Metafísica, Aristóteles distingue quatro tipos de causas ou explicações. Em primeiro lugar, afirma, há aquilo de que as coisas são feitas, e a partir da qual são feitas, tal como o bronze de uma estátua ou as letras de uma sílaba. A isto chama causa material. Depois, há a forma e o padrão de uma coisa, que podem ser expressos na definição da mesma; Aristóteles fornece-nos um exemplo: o comprimento proporcional de duas cordas de uma lira é a causa de uma ser a oitava da outra. O terceiro tipo de causa é a origem de uma mudança ou estado de repouso em qualquer coisa: Aristóteles dá como exemplos uma pessoa que toma uma decisão, um pai que gera uma criança, e em geral todos os que fazem ou alteram uma coisa. O quarto e último tipo de causa é o fim ou objectivo, aquilo em virtude do qual se faz algo; é o tipo de explicação que damos quando nos perguntam por que motivo estamos a passear e nós respondemos «para manter a boa forma».

O quarto tipo de causa (a «causa final») tem um papel muito importante na ciência aristotélica. Aristóteles investiga as causas finais não só da acção humana, como também do comportamento animal («Por que razão tecem as aranhas teias?») e dos seus traços estruturais («Por que razão têm os patos membranas interdigitais?»). Existem causas finais também para a actividade das plantas (tais como a pressão descendente das raízes) e dos elementos inanimados (tais como o impulso ascendente das chamas). Às explicações deste tipo chamamos «teleológicas», a partir da palavra grega telos, que significa fim ou causa final. Ao procurar explicações teleológicas, Aristóteles não atribui intenções a objectos inconscientes ou inanimados, nem está a pensar em termos de um Arquitecto Supremo. Está, sim, a enfatizar a função de diversas actividades e estruturas. Uma vez mais, estava mais inspirado na área das ciências da vida do que na química e na física. Até mesmo os biólogos posteriores a Darwin continuam a procurar incessantemente a função, ao passo que ninguém, depois de Newton, se lembrou de procurar uma explicação teleológica para o movimento dos corpos inanimados.

Palavras e Coisas

Ao contrário do seu trabalho nas ciências empíricas, há aspectos da filosofia teórica de Aristóteles que podem ainda ter muito para nos ensinar. Merecem especial destaque as suas afirmações acerca da natureza da linguagem, da natureza da realidade e da relação entre as duas.

Nas suas Categorias, Aristóteles apresenta uma lista dos diferentes tipos de coisas que podem afirmar-se a propósito de um indivíduo. Essa lista contém 10 artigos: substância, quantidade, qualidade, relação, espaço, tempo, postura, vestuário, actividade e passividade. Faria sentido dizer, por exemplo, que Sócrates era um ser humano (substância), que media 1,50 m (quantidade), que era talentoso (qualidade), que era mais velho que Platão (relação), que vivia em Atenas (espaço), que era um homem do século v a. C. (tempo), que estava sentado (postura), que envergava uma capa (vestuário), que estava a cortar um pedaço de tecido (actividade) e que foi morto por envenenamento (passividade). Esta não é uma simples classificação de predicados verbais: cada tipo de predicado irredutivelmente diferente, pensava Aristóteles, representa um tipo de entidade irredutivelmente diferente. Em «Sócrates é um homem», por exemplo, a palavra «homem» representa uma substância, nomeadamente Sócrates. Em «Sócrates foi envenenado», a palavra «envenenado» representa uma entidade chamada «passividade», nomeadamente o envenenamento de Sócrates. Aristóteles pensava provavelmente que qualquer entidade possível, fosse qual fosse a sua classificação inicial, seria, em última análise, atribuível a uma e apenas uma das 10 categorias. Assim, Sócrates é um homem, um animal, um ser vivo e, em última análise, uma substância; o crime cometido por Egisto é um assassinato, um homicídio, um acto de matar e, em última análise, uma actividade.

A categoria da substância é de importância primordial. As substâncias são coisas como mulheres, leões e couves, que podem ter uma existência independente e ser identificados como indivíduos de uma espécie particular; uma substância é, na despretensiosa expressão de Aristóteles, «um isto que é tal e tal» — este gato ou esta cenoura. As coisas que pertencem às outras categorias (às quais os sucessores de Aristóteles iriam chamar «acidentes») não são independentes; um tamanho, por exemplo, é sempre o tamanho de qualquer coisa. Os artigos das categorias «acidentais» existem apenas enquanto propriedades ou modificações de substâncias.

As categorias de Aristóteles não parecem ser exaustivas, e o seu grau de importância parece bastante desigual. Mas, mesmo que as aceitemos como uma possível classificação de predicados, será correcto considerar que um predicado representa qualquer coisa? Se «Sócrates corre» for verdadeira, deverá «corre» representar uma entidade de qualquer tipo, tal como «Sócrates» representa Sócrates? Mesmo que digamos que sim, é evidente que tal entidade não pode ser o significado da palavra «corre». Pois «Sócrates corre» faz sentido, mesmo sendo uma afirmação falsa; e por isso «corre» significa algo, mesmo que não exista aquilo que representa — neste caso, a corrida de Sócrates.

Se considerarmos uma frase como «Sócrates é branco», podemos, segundo Aristóteles, pensar em «branco» como algo que representa a brancura de Sócrates. Nesse caso, o que representa o «é»? Parecem existir diversas respostas possíveis a esta pergunta. a) Podemos dizer que não representa coisa alguma, limitando-se a marcar a relação entre sujeito e predicado. b) Podemos dizer que representa a existência, no sentido em que se Sócrates é branco, é porque existe qualquer coisa — talvez o Sócrates branco, ou talvez a brancura de Sócrates — que não existiria se Sócrates não fosse branco. c) Podemos dizer que representa o ser, entendendo-se «ser» como um infinitivo substantivado como «correr». Se escolhermos esta última resposta, parece ser necessário acrescentar que existem diversos tipos de ser: o ser denotado pelo «é» de um predicado substancial como «¼ é um cavalo» é um ser substancial, enquanto o ser denotado pelo «é» de um predicado acidental como «¼ é branco» é um ser acidental. Em textos diferentes, Aristóteles parece ter privilegiado ora uma, ora outra interpretação. A sua preferida é talvez a terceira. Nas passagens onde a expressa, retira dela a consequência de que o «ser» é um verbo de múltiplos significados, um termo homónimo com mais de um sentido (tal como «saudável» possui sentidos diferentes, mas relacionados, quando falamos de uma pessoa saudável, de uma pele saudável e de um clima saudável).

Afirmei anteriormente que, em «Sócrates é um homem», «homem» é um predicado da categoria da substância que representa a substância Sócrates. Mas esta não é a única análise que Aristóteles faz de uma frase deste género. Por vezes, esse «homem» parece representar antes a humanidade que Sócrates possui. Em tais contextos, Aristóteles distingue dois sentidos de «substância». Um este tal e tal — por exemplo, este homem, Sócrates — é uma substância primeira; a humanidade que ele possui é uma substância segunda. Quando fala nestes termos, Aristóteles esforça-se geralmente por evitar os universais do platonismo. A humanidade que Sócrates possui é uma humanidade individual, a humanidade própria de Sócrates; não é uma humanidade universal da qual todos os homens participem.

Movimento e Mudança

Uma das razões pelas quais Aristóteles rejeitou a Teoria das Ideias de Platão foi porque esta, tal como a metafísica eleática, negava de modo fundamental a realidade da mudança. Tanto na Física como na Metafísica, Aristóteles apresenta uma teoria da natureza da mudança concebida para enfrentar e desarmar o desafio de Parménides e Platão. Trata-se da sua doutrina do acto e potência.

Se considerarmos uma substância, como por exemplo um pedaço de madeira, descobrimos uma série de coisas verdadeiras no que respeita a essa substância num determinado momento, e uma série de outras coisas que, não sendo verdadeiras no que a ela diz respeito nesse momento determinado, poderão vir a sê-lo noutro momento. Assim, a madeira, apesar de ser fria agora, pode ser aquecida e transformada em cinza mais tarde. Aristóteles chamou «acto» àquilo que uma substância é, e «potência» àquilo que uma substância pode vir a ser: assim, a madeira está fria em acto mas quente em potência, é madeira em acto mas cinza em potência. A mudança do estado frio para o quente é uma mudança acidental que a substância pode sofrer sem deixar de ser a substância que é; a mudança do estado madeira para o estado cinza é uma mudança substancial em que ocorre uma mudança da própria substância. Em português podemos dizer, muito grosseiramente, que os predicados que contêm a palavra «pode», ou qualquer palavra com um sufixo modal como «ável» ou «ível», significam potência; os predicados que não contêm essas palavras significam acto. A potência, em contraste com o acto, é a capacidade de uma coisa para sofrer uma mudança de qualquer tipo, seja através da sua própria acção, seja através da acção de qualquer outro agente.

Os actos envolvidos em mudanças chamam-se «formas», e o termo «matéria» é utilizado como um termo técnico para designar aquilo que possui a capacidade para sofrer uma mudança substancial. Na nossa vida quotidiana, estamos familiarizados com a ideia de que uma e a mesma parcela de um ingrediente pode ser primeiro uma coisa e depois outro tipo de coisa. Uma garrafa contendo um quartilho de natas, depois de agitada, poderá conter manteiga e não natas. Aquilo que sai da garrafa é a mesma coisa que entrou: nada lhe foi retirado nem acrescentado. Contudo, aquilo que sai é diferente em género daquilo que foi introduzido. O conceito aristotélico de mudança substancial é derivado de casos como este.

A mudança substancial ocorre quando uma substância de um certo tipo se transforma numa substância de outro tipo. Aristóteles chama matéria àquilo que permanece a mesma coisa ao longo da mudança. A matéria assume primeiro uma forma e depois outra. Uma coisa pode mudar sem deixar de pertencer ao mesmo género natural, por meio de uma mudança que não pertence à categoria da substância, mas a qualquer uma das outras nove categorias: assim, um ser humano pode crescer, aprender, corar e ser subjugado sem deixar de ser humano. Quando uma substância sofre uma mudança acidental retém sempre uma forma ao longo da mudança, nomeadamente a sua forma substancial. Um homem pode ser primeiro P e depois Q, mas podemos sempre aplicar-lhe correctamente o predicado «¼ é um homem». E quanto à mudança substancial? Quando um pedaço de matéria é primeiro A e depois B, haverá algum predicado na categoria da substância, «¼ é C», que possamos sempre aplicar correctamente a essa matéria? Em muitos casos, não há dúvida de que existe tal predicado: quando o cobre e o estanho se transformam em bronze, a matéria em mudança nunca deixa de ser metal ao longo do processo. Contudo, não parece ser necessário que tal predicado deva existir em todos os casos; parece logicamente concebível que possa existir matéria que seja primeiro A e depois B sem que exista qualquer predicado substancial que possamos aplicar-lhe sempre correctamente. Em todo o caso, Aristóteles era dessa opinião; e chamou «matéria-prima» ao-que-é-primeiro-uma-coisa-e-depois-outra-sem-ser-coisa-alguma-o-tempo-todo.

A forma faz as coisas pertencerem a uma categoria particular; e, segundo Aristóteles, aquilo que faz as coisas serem indivíduos dessa categoria particular é a matéria. No dizer dos filósofos, a matéria é o princípio de individuação das coisas materiais. Isto significa, por exemplo, que duas ervilhas do mesmo tamanho e forma, por muito semelhantes que sejam, por mais propriedades ou formas que possam ter em comum, são duas ervilhas e não uma, porque correspondem a duas diferentes parcelas de matéria.

Não deve entender-se a matéria e a forma como partes de corpos, como elementos a partir dos quais os corpos são feitos ou peças dos quais possam ser retiradas. A matéria-prima não poderia existir sem forma: não precisa de assumir uma forma específica, mas tem de assumir uma forma qualquer. As formas dos corpos mutáveis são todas formas de corpos particulares; é inconcebível que exista uma qualquer forma que não seja a forma de um qualquer corpo. A não ser que queiramos cair no platonismo que Aristóteles explicitamente rejeitou com frequência, devemos aceitar que as formas são logicamente incapazes de existir sem os corpos dos quais são as formas. De facto, as formas nem existem em si próprias, nem são geradas do modo como as substâncias existem e são geradas. As formas, ao contrário dos corpos, não são feitas de coisa alguma; dizer que existe uma forma de A significa apenas que existe uma substância que é A; dizer que existe uma forma de cavalidade significa apenas que existem cavalos.

A doutrina da matéria e da forma é uma explicação filosófica de certos conceitos que empregamos na nossa descrição e manipulação quotidianas das substâncias materiais. Mesmo aceitando que a definição é filosoficamente correcta, fica ainda a questão: o conceito que procura clarificar terá realmente um papel a desempenhar numa explicação científica do universo? É sabido que aquilo que na cozinha parece uma mudança substancial de entidades macroscópicas possa surgir-nos no laboratório como uma mudança acidental de entidades microscópicas. A questão de saber se uma noção como a de matéria-prima possui, a um nível fundamental, qualquer aplicação à física, onde falamos de transições entre matéria e energia, continua a ser uma questão de opinião.

A forma é um tipo particular de acto, e a matéria um tipo particular de potência. Aristóteles pensava que a sua distinção entre acto e potência constituía uma alternativa à dicotomia entre Ser e Não-Ser, sobre a qual se apoiava a rejeição parmenídea da mudança. Uma vez que a matéria estava subjacente e sobrevivia a todas as mudanças, fossem substanciais ou acidentais, não se punha a hipótese de o Ser se tornar Não-Ser, ou de algo surgir a partir do nada. Uma das consequências desta explicação aristotélica, contudo, foi a ideia de que a matéria não poderia ter tido um princípio. Séculos mais tarde, isto colocaria um problema aos aristotélicos cristãos que acreditavam na criação do mundo material a partir do nada.

Alma, Sentidos e Intelecto

Uma das aplicações mais interessantes da doutrina da matéria e da forma de Aristóteles pode encontrar-se nos seus estudos de psicologia, nomeadamente no tratado Da Alma. Para Aristóteles, os homens não são os únicos seres que possuem alma ou psique; todos os seres vivos a possuem, desde as margaridas e moluscos aos seres mais complexos. Uma alma é simplesmente um princípio de vida: é a fonte das actividades próprias de cada ser vivo. Diferentes seres vivos possuem diferentes capacidades: as plantas crescem e reproduzem-se, mas não podem mover-se nem ter sensações; os animais têm percepção, sentem prazer e dor; alguns podem mover-se, mas não todos; alguns animais muito especiais, nomeadamente os seres humanos, conseguem também pensar e compreender. As almas diferem de acordo com estas diferentes actividades, por meio das quais se exprimem. A alma é, segundo a definição mais geral que Aristóteles nos apresenta, a forma de um corpo orgânico.

Tal como uma forma, uma alma é um acto de um tipo particular. Neste ponto, Aristóteles introduz uma distinção entre dois tipos de acto. Uma pessoa que não saiba falar grego encontra-se num estado de pura potência no que diz respeito à utilização dessa língua. Aprender grego é passar da potência ao acto. Porém, uma pessoa que tenha aprendido grego, mas que ao longo de um determinado tempo não faça uso desse conhecimento, encontra-se num estado simultâneo de acto e potência: acto em comparação com a posição de ignorância inicial, potência em comparação com alguém que esteja a falar grego. Ao simples conhecimento do grego, Aristóteles chama «acto primeiro»; ao facto de se falar grego chama «acto segundo». Aristóteles utiliza esta distinção na sua descrição da alma: a alma é o acto primeiro de um corpo orgânico. As operações vitais das criaturas vivas são actos segundos.

A alma aristotélica não é, enquanto tal, um espírito. Não é, de facto, um objecto tangível; mas isso resulta do facto de ser (como todos os actos primeiros) uma potência. O conhecimento do grego também não é um objecto tangível; mas não é, por isso, algo de fantasmagórico. Se há almas capazes, no seu conjunto ou em parte, de existirem sem um corpo — questão sobre a qual Aristóteles teve dificuldade em formar uma opinião — tal existência independente será possível não por serem simplesmente almas, mas por serem almas de um tipo particular com actividades vitais especialmente poderosas.

Aristóteles fornece descrições biológicas muito concretas das actividades da nutrição, crescimento e reprodução que são comuns a todos os seres vivos. O tema torna-se mais complicado, e mais interessante, quando procura explicar a percepção sensorial (específica dos animais superiores) e o pensamento intelectual (específico do ser humano).

Ao explicar a percepção sensorial, Aristóteles adapta a definição do Teeteto de Platão segundo a qual a sensação é o resultado de um encontro entre uma faculdade sensorial (como a visão) e um objecto sensorial (como um objecto visível). Contudo, para Platão, a percepção visual de um objecto branco e a brancura do próprio objecto são dois gémeos com origem na mesma relação; ao passo que, para Aristóteles, o ver e o ser visto são uma e a mesma coisa. Este último propõe a seguinte tese geral: uma faculdade sensorial em acto é idêntica a um objecto sensorial em acto.

Esta tese aparentemente obscura é outra aplicação da teoria aristotélica do acto e da potência. Permita-se-me ilustrar o seu significado por meio do exemplo do paladar. A doçura de um torrão de açúcar, algo que pode ser saboreado, é um objecto sensorial, e o meu sentido do paladar, a minha capacidade para saborear, é uma faculdade sensorial. A operação do meu sentido do paladar sobre o objecto sensível é a mesma coisa que a acção do objecto sensorial sobre o meu sentido. Ou seja, o facto de o açúcar ter um sabor doce para mim é uma e a mesma coisa que o facto de eu saborear a doçura do açúcar. O açúcar em si é sempre doce; mas só quando o coloco na boca a sua doçura passa de potência a acto. (Ser doce é um acto primeiro; saber a doce, um acto segundo.)

O sentido do paladar não é mais do que o poder para saborear, por exemplo, a doçura dos objectos doces. A propriedade sensorial da doçura não é mais do que ter um sabor doce para aquele que saboreia. Assim, Aristóteles tem razão quando afirma que a propriedade em acção é uma e a mesma coisa que a faculdade em operação. Claro que o poder para saborear e o poder para ser saboreado são duas coisas muito diferentes, a primeira relativa àquele que saboreia, e a segunda relativa ao açúcar.

Este tratamento da percepção sensorial é superior ao de Platão porque nos permite afirmar que as coisas do mundo possuem de facto qualidades sensoriais, mesmo quando não são percepcionadas. As coisas que não estão a ser vistas são realmente coloridas, e o mesmo se aplica aos cheiros e aos sons, que existem independentemente do facto de serem ou não percepcionados. Aristóteles pode afirmá-lo porque a sua análise do acto e da potência lhe permite explicar que as qualidades sensoriais são de facto poderes de um determinado tipo.

Aristóteles serve-se também desta teoria quando lida com as capacidades racionais e intelectuais da alma humana, fazendo uma distinção entre os poderes naturais, como o poder de queimar do fogo, e os poderes racionais, como a capacidade de falar grego. E defende que se todas as condições necessárias para o exercício de um poder natural estiverem presentes, esse poder será necessariamente exercido. Se pusermos um pedaço de madeira, adequadamente seco, sobre uma fogueira, o fogo queimá-lo-á; não há alternativa. Contudo, tal não acontece com os poderes racionais, que podem ser exercidos ou não, de acordo com a vontade do sujeito. Um médico que possua o poder para curar pode negar-se a exercitá-lo se o seu paciente for insuficientemente rico; pode até utilizar os seus talentos médicos para envenenar o paciente, em vez de o curar. A teoria dos poderes racionais de Aristóteles será usada para explicar o livre-arbítrio humano por muitos dos seus sucessores.

A doutrina de Aristóteles sobre os poderes intelectuais da alma é algo inconstante. Por vezes, o intelecto é apresentado como parte da alma; por conseguinte, e uma vez que a alma é a forma do corpo, o intelecto assim concebido deverá morrer com o corpo. Noutros pontos, Aristóteles argumenta que, sendo o intelecto capaz de apreender verdades necessárias e eternas, deverá ser em si mesmo, por afinidade, qualquer coisa de independente e indestrutível; e a dada altura sugere que a capacidade para pensar é algo de divino e exterior ao corpo. Finalmente, numa passagem desconcertante, objecto de intermináveis discussões ao longo dos séculos que se seguiriam, Aristóteles parece dividir o intelecto em duas faculdades, uma perecível e a outra imperecível:

O pensamento, tal como o descrevemos, é aquilo que é em virtude de poder tornar-se todas as coisas; ao passo que existe algo que é o que é em virtude de poder fazer todas as coisas: trata-se de uma espécie de estado positivo como a luz; pois, num certo sentido, a luz transforma as cores em potência em cores em acto. Neste sentido, o pensamento é separável, não passivo e puro, sendo essencialmente acto. E quando separado é exactamente aquilo que é, e só ele é imortal e eterno.

A característica do intelecto humano que terá por vezes levado Aristóteles a entendê-lo como separado do corpo e divino é a sua capacidade para o estudo da filosofia e, especialmente, da metafísica; e por isso temos de explicar finalmente de que modo Aristóteles entendia a natureza desta sublime disciplina.

Metafísica

«Há uma disciplina», escreve Aristóteles no quarto livro da sua Metafísica, «que teoriza sobre o Ser enquanto ser e sobre as coisas que pertencem ao Ser tomado em si mesmo.» A esta disciplina chama Aristóteles «filosofia primeira», definindo-a noutro texto como o conhecimento dos primeiros princípios e das causas supremas. As outras ciências, afirma, lidam com um tipo de ser particular, mas a ciência do filósofo diz respeito ao Ser universalmente e não apenas parcialmente. Noutras obras, contudo, Aristóteles parece restringir o objecto da filosofia primeira a um tipo particular de ser, nomeadamente a uma substância divina, independente e imutável. Existem três filosofias teóricas, afirma ele num outro texto: a matemática, a física e a teologia; e a primeira e mais digna das filosofias é a teologia. A teologia é a melhor das ciências teóricas porque lida com os seres mais dignos; precede a física e a filosofia natural, sendo mais universal do que elas.

Ambos os conjuntos de definições até ao momento considerados tratam a filosofia primeira como dizendo respeito ao Ser ou aos seres; diz-se também que é a ciência da substância ou substâncias. Em determinado ponto, Aristóteles afirma que a velha questão «O que é o Ser?» equivale à questão «O que é a substância?» Assim, a filosofia primeira pode ser considerada a teoria da substância primeira e universal.

Serão todas estas definições do objecto de estudo da filosofia equivalentes ou mesmo compatíveis? Alguns historiadores, considerando-as incompatíveis, atribuíram os diferentes tipos de definições a diferentes períodos da vida de Aristóteles. Mas, com algum esforço, podemos mostrar que é possível conciliá-las.

Antes de perguntarmos o que é o Ser enquanto ser, precisamos de esclarecer o que é o Ser. Aristóteles utiliza a expressão grega to on do mesmo modo que Parménides: o Ser é seja o que for que é seja lá o que for. Sempre que Aristóteles explica os sentidos de «to on», fá-lo explicando o sentido de «einai», o verbo «ser». O Ser, no seu sentido mais lato, é tudo o que possa surgir, numa qualquer frase verdadeira, antes da forma verbal «é». Segundo esta perspectiva, uma ciência do ser não seria tanto uma ciência daquilo que existe, mas antes uma ciência da predicação verdadeira.

Todas as categorias, diz-nos Aristóteles, exprimem o ser, porque qualquer verbo pode ser substituído por um predicado que contenha o verbo «ser»: «Sócrates corre», por exemplo, pode ser substituído por «Sócrates é um corredor». E todo o ser em qualquer categoria que não a da substância é uma propriedade ou modificação da substância. Isto significa que sempre que temos uma frase sujeito-verbo na qual o sujeito não seja um termo para uma substância, podemos transformá-la numa outra frase sujeito-verbo na qual o termo sujeito denota realmente uma substância — uma substância primeira, como um homem ou uma couve particulares.

Para Aristóteles, assim como para Parménides, é um erro equiparar simplesmente o ser à existência. Quando discute, na Metafísica, os sentidos de «ser» e «é» do seu léxico filosófico, Aristóteles nem sequer refere a existência como um dos sentidos do verbo ser, uma utilização que deverá distinguir-se da utilização do verbo com um complemento num predicado, tal como em «ser um filósofo». Isto surpreende-nos, já que ele próprio parece fazer essa distinção em livros anteriores. Nas Refutações Sofísticas, para contradizer a falácia segundo a qual aquilo em que se pensa deve existir para ser pensado, Aristóteles distingue entre «ser F», no qual ao verbo se segue um predicado (por exemplo, «ser pensado»), e apenas «ser». Aristóteles toma uma posição semelhante em relação ao ser F daquilo que deixou de ser, sem mais: por exemplo, de «Homero é um poeta» não se segue que Homero é.

Será talvez um erro procurar na obra de Aristóteles um só tratamento da existência. Quando os filósofos levantam questões a propósito das coisas que realmente existem e daquelas que não existem, é possível que tenham em mente três contrastes diferentes: entre o abstracto e o concreto (por exemplo, sabedoria versus Sócrates), entre o ficcional e o factual (por exemplo, Pégaso versus Bucéfalo) e entre o existente e o defunto (por exemplo, a Grande Pirâmide versus o Colosso de Rodes). Aristóteles lida com os três problemas em obras diferentes. Lida com o problema das abstracções quando discute os acidentes: são sempre modificações da substância. Qualquer afirmação sobre abstracções (como cores, acções, mudanças) deve ser analisável como uma afirmação sobre substâncias primeiras concretas. Lida com o problema do ficcional conferindo ao «é» o sentido de «é verdadeiro»: uma ficção é um pensamento genuíno, mas não é (ou seja, não é um pensamento verdadeiro). O problema sobre o existente e o defunto, que lida com as coisas que existem e aquelas que deixaram de existir, é resolvido pela aplicação da doutrina da matéria e da forma. Neste sentido, existir é ser matéria sob uma certa forma, é ser uma coisa de certa categoria: Sócrates deixa de existir ao deixar de ser um ser humano. Para Aristóteles, o Ser inclui qualquer coisa que exista de uma destas três maneiras.

Se o Ser é isso, o que é então o Ser enquanto Ser? A resposta é que não existe tal coisa. É certamente possível estudar o Ser enquanto ser e procurar as causas do mesmo. Mas isto é entrar num tipo de estudo especial, procurar um tipo de causa especial. Não é estudar um tipo de Ser especial nem procurar as causas de um tipo de Ser especial. Mais do que uma vez, Aristóteles insistiu em que «Um A enquanto F é G» deve ser entendido como um sujeito A e um predicado «é, enquanto F, G». Não deve ser entendido como consistindo num predicado «é G» que está ligado ao sujeito Um-A-enquanto-F. Eis um dos seus exemplos: «Um bem pode ser conhecido como bem» não deve ser analisado como «um bem como bem pode ser conhecido», porque «um bem como bem» é uma expressão destituída de sentido.

Mas se «A enquanto F» é um pseudo-sujeito em «Um A enquanto F é G», também «A enquanto F» é um pseudo-objecto em «Nós estudamos A enquanto F». O objecto desta frase é A, e o verbo é «estudamos enquanto F». Estamos a falar não do estudo de um tipo particular de objecto, mas de um tipo particular de estudo, um estudo que procura tipos particulares de explicações e causas, causas enquanto F. Por exemplo, quando estudamos fisiologia humana, estudamos os homens enquanto animais, ou seja, estudamos as estruturas e funções que os homens têm em comum com os animais. Não existe um objecto que seja um homem enquanto animal, e seria um disparate perguntar se todos os homens, ou se apenas alguns especialmente embrutecidos, serão homens enquanto animais. É igualmente disparatado perguntar se o Ser enquanto Ser significa todos os seres ou apenas alguns seres especialmente divinos.

Contudo, podemos estudar qualquer ser do ponto de vista particular do ser, ou seja, podemos estudá-lo em virtude daquilo que tem em comum com todos os outros seres. Será talvez legítimo pensar que isto é muito pouco: de facto, o próprio Aristóteles afirma que nada possui ser enquanto sua essência ou natureza: não há nada que seja apenas ser e nada mais. Mas estudar algo enquanto um ser é estudar algo sobre o qual é possível fazer predicações verdadeiras, precisamente do ponto de vista da possibilidade de fazer predicações verdadeiras sobre isso. A filosofia primeira de Aristóteles não estuda um tipo particular de ser; estuda tudo, todo o Ser, precisamente enquanto tal.

Ora, a ciência aristotélica é uma ciência de causas, pelo que a ciência do Ser enquanto ser será uma ciência que procura as causas da existência de qualquer verdade acerca de toda e qualquer coisa. Poderão existir tais causas? Não é difícil conferir sentido ao facto de um tipo particular de ser possuir uma causa enquanto ser. Se eu nunca tivesse sido concebido, nunca existiriam quaisquer verdades sobre mim; Aristóteles afirma que se Sócrates nunca tivesse existido, as frases «Sócrates está bem» e «Sócrates não está bem» jamais poderiam ser verdadeiras. Portanto os meus pais, que me deram existência, são as minhas causas enquanto ser. (São também as minhas causas enquanto ser humano.) Tal como os pais deles, e os pais dos pais deles por sua vez, e, em última instância, Adão e Eva, no caso de descendermos todos de um único par. E se algo tivesse dado existência a Adão e Eva, seria essa a causa de todos os seres humanos, enquanto seres.

Posto isto, podemos ver claramente de que modo o Deus cristão, o criador do mundo, pode ser entendido como a causa do Ser enquanto ser — a causa, pela sua própria existência, das verdades sobre si próprio, e, como criador, a causa eficiente da possibilidade de toda e qualquer verdade acerca de toda e qualquer coisa. Mas no sistema de Aristóteles, que não inclui um criador do mundo, qual é a causa do Ser enquanto ser?

No cume da hierarquia aristotélica dos seres estão os motores móveis e imóveis que são as causas finais de toda a geração e corrupção. São assim, de certo modo, as causas de todos os seres perceptíveis e corruptíveis, desde que sejam seres. A ciência que pretenda alcançar o motor imóvel estará a estudar a explicação de toda e qualquer predicação verdadeira e, desse modo, de todo e qualquer ser enquanto ser. Na sua Metafísica, Aristóteles explica que existem três tipos de substâncias: os corpos perecíveis, os corpos eternos e os seres imutáveis. Os dois primeiros tipos pertencem à ciência da natureza, e o terceiro à filosofia. Aquilo que explicar a substância, afirma, explicará todas as coisas, já que sem substâncias não existiriam mudanças activas nem passivas. Aristóteles avança então para a comprovação da existência de um motor imóvel, concluindo que «de tal princípio dependem os céus e a natureza» — ou seja, tanto os corpos eternos como os corpos perecíveis dependem do ser imutável. E este é o divino, o objecto da teologia.

O motor imóvel é anterior às outras substâncias, e estas são anteriores a todos os outros seres. «Anterior» é aqui utilizado não num sentido temporal, mas para denotar dependência: A é anterior a B, se pudermos ter A sem B mas não B sem A. Se não existisse um motor imóvel, não existiriam os céus e a natureza; se não houvesse substâncias, não haveria qualquer outra coisa. Podemos agora entender por que motivo Aristóteles afirmava que aquilo que é anterior possui um poder explicativo mais elevado do que aquilo que é posterior, e por que razão a ciência dos seres divinos, sendo anterior, pode entender-se como a mais universal das ciências: porque lida com seres que são anteriores, isto é, mais recuados na cadeia da dependência. A ciência dos seres divinos é mais universal do que a ciência da física porque explica tanto os seres divinos como os seres naturais; a ciência da física explica apenas os seres naturais e não os seres divinos.

Por fim, conseguimos compreender como se harmonizam as diferentes definições da filosofia primeira. Qualquer ciência pode ser definida pela área que pretende explicar ou por meio da especificação dos princípios pelos quais o explica. A filosofia primeira tem como área de explicação o universal: propõe-se apresentar um tipo de explicação para toda e qualquer coisa e encontrar uma das causas da verdade de toda e qualquer predicação verdadeira. É a ciência do Ser enquanto ser. Mas, se passarmos do explicandum para o explicans, podemos dizer que a filosofia primeira é a ciência do divino; pois aquilo que explica fá-lo por referência ao motor imóvel divino. Não lida apenas com um só tipo de Ser, já que faz a descrição não apenas do próprio divino, mas de tudo o que existe ou é alguma coisa. Mas é, por excelência, a ciência do divino, já que explica tudo por referência ao divino e não, como a física, por referência à natureza. Assim, a teologia e a ciência do Ser enquanto ser são uma e a mesma primeira filosofia.

Somos por vezes levados a pensar que a fase final da compreensão da metafísica aristotélica é uma apreciação da natureza profunda e misteriosa do Ser enquanto Ser. Na verdade, o primeiro passo em direcção a essa compreensão é a tomada de consciência de que o Ser enquanto Ser é um espectro quimérico engendrado por não se prestar atenção à lógica aristotélica.