Educação 4°bimestre
Rio de Janeiro,01 de novembro, de 2013
Educação Cidadã
Entendemos a educação como porta de entrada para uma sociedade de fato
cidadã. Mas aqui cabe definir o que entendemos por cidadania. Cidadania é
o oposto de privilégio. Cidadania só existe em uma sociedade isonômica.
E isonomia não significa padronização. Longe disso, acreditamos que a
verdadeira cidadania é aquela que se constrói na diversidade de
escolhas. Quanto mais diversa uma sociedade, mais rica será sua
contribuição para a vida de todos. A isonomia aqui abordada é a
igualdade de oportunidades. Independentemente de qualquer característica
específica, nós somos cidadãos brasileiros e é responsabilidade nossa
(e não somente do Estado) lutar para que o acesso a tudo aquilo que
garante a inclusão social seja universal. Nesse sentido, a educação é um
dos primeiros pontos. A igualdade de acesso ao processo educacional é
fundamental em uma sociedade pautada na informação e na qualificação do
trabalho. Como desenvolver um comportamento cidadão dentro de uma
mentalidade que se norteia pela busca do exclusivo e não do inclusivo? É
aí que entra a “Educação Cidadã”. Não há educação de fato se ela não
for cidadã. Não há problema algum em um sistema educacional privado de
qualidade. Ao contrário, saber que a educação é um produto tão
valorizado é algo extremamente estimulante. A questão é outra: como
aceitar que somente a educação como mercadoria deve ser tratada como
produto de qualidade? Como aceitar que uma imensa maioria da população
seja excluída do processo educacional por conta de questões meramente
econômicas? É necessário ressaltar um processo simples e cristalino: a
luta contra a desigualdade e a busca por isonomia se dá a partir dos
direitos. As conquistas de cada um são consequências desse processo.
Logo, como ressaltou o tweet da UNESCO e o artigo da FSP, de nada
adianta continuarmos pensando de forma individualista. Vivemos em
sociedade. Cabe em grande parte às nossas ações o que será dessa
sociedade e quais as suas consequências sobre nós, indivíduos.
Portanto, resumindo tudo isso e acrescentando mais um detalhe, pensamos que o interesse privado e competitivo não pode ser o único objetivo de quem trabalha com educação. É possível desempenhar duas funções que, longe de conflitantes, deveriam ser complementares: a atividade profissional como ato privado e a atividade cidadã como ato social.
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