segunda-feira, 6 de maio de 2013

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Ilha do Governador

Contendo uma superfície de 36,12 quilômetros quadrados, compreende catorze bairros da cidade do Rio de Janeiro - Bancários, Cacuia, Cocotá, Freguesia, Galeão, Jardim Carioca, Jardim Guanabara, Moneró, Pitangueiras, Portuguesa, Praia da Bandeira, Ribeira, Tauá e Zumbi -, com uma população total de aproximadamente 210 mil habitantes. Tradicionalmente residencial, atualmente apresenta características mistas, compreendendo ainda indústrias, comércio e serviços.
Descoberta em 1502 por navegadores portugueses, os índios Temiminós eram os seus habitantes na época. Chamavam-na de "Ilha de Paranapuã", termo que significa "colina do mar", pela junção de paranã, "mar"4 e apuã, "colina"5 , sendo também chamada de "Ilha dos Maracajás" (espécie de grandes felinos, então abundantes na região. "Maracajá" também era um outro nome dos índios temiminós que habitavam a ilha6 .) pelos índios Tamoios, inimigos dos Temiminós.
Terra natal de Arariboia, foi abandonada pelos Temiminós em consequência dos ataques de inimigos Tamoios e de traficantes franceses de pau-brasil, os quais foram definitivamente expulsos em 1567, pelos portugueses.
O nome "Ilha do Governador" surgiu somente a partir de 5 de setembro de 1567, quando o governador-geral do então Estado do Brasil (e interino da Capitania do Rio de Janeiro) Mem de Sá doou ao seu sobrinho, Salvador Correia de Sá (o Velho - Governador e Capitão-general da Capitania Real do Rio de Janeiro de 1568 a 1572), mais da metade do seu território. Correia de Sá, futuro governador da capitania, transformou-a em uma fazenda onde se plantava cana-de-açúcar, com um engenho para produção de açúcar, exportado para a Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII.
Em 1663, foi lançado ao mar o Galeão Padre Eterno, na época o maior navio do mundo. O galeão foi construído num local da ilha que passou a ser conhecido como Ponta do Galeão, originando o atual bairro do Galeão.
No século XIX, o Príncipe-Regente D. João utilizou o seu espaço como coutada para a caça. Segundo a tradição, conta-se que a Praia da Bica recebeu este nome por causa de uma fonte que costumava servir de banho ao jovem príncipe D. Pedro, mais tarde D. Pedro I (1822-1831). O desenvolvimento da Ilha do Governador, entretanto, só ocorreu a partir da ligação regular da ilha com o continente, efetuada por barcas a vapor com atracadouro na Freguesia desde 1838. Mais tarde, outros atracadouros foram construídos no Galeão e na Ribeira, integrando a área à economia do café e à atividade industrial (produção de cerâmica).
No início do século XX, os bondes chegaram à ilha, efetuando a ligação interna de Cocotá à Ribeira (1922), percurso estendido posteriormente até ao Bananal e a outros pontos. Também é neste século que se instalaram as unidades militares: a Base Aérea do Galeão, os quartéis dos Fuzileiros Navais e a Estação de Rádio da Marinha, época em que o bairro se constituía num balneário para a classe média da cidade do Rio de Janeiro.
Em 23 de julho de 1981, através do Decreto Número 3 157, do então prefeito Júlio Coutinho, no tempo do Governador Chagas Freitas, o bairro da Ilha do Governador foi oficialmente extinto e transformado nos seus atuais quatorze bairros oficiais.

 Estátua de um gato-maracajá (um dos primeiros nomes conhecidos da ilha), construída em 1920 na Praia da Guanabara3

 Vista da Estrada do Galeão, uma das principais avenidas da ilha



A Ilha do Governador é dividida em quatorze bairros:

Saúde

A ilha possui três hospitais de porte - o Hospital Municipal Paulino Werneck (Cacuia), o Hospital Infantil Nossa Senhora do Loreto (Galeão) e o Hospital da Aeronáutica (Galeão), além do Posto de Saúde Necker Pinto (Zumbi), Posto de Saúde Freguesia, Posto de Atendimento Médico Bancários (Bancários) e Posto de Atendimento Médico Combu (Jardim Carioca), além de várias clínicas particulares com centro cirúrgico e unidade de terapia intensiva.
O Hospital Municipal Paulino Werneck, situado na Estrada da Cacuia (Cacuia), está planejado para passar para a Estrada do Galeão, na esquina com a Rua Haroldo Lobo, na Portuguesa. Com as obras concluídas, atualmente aguarda-se a inauguração das novas instalações do novo hospital.

Educação

A ilha conta com uma Biblioteca Regional localizada no Cocotá. Quanto ao ensino, a ilha possui escolas desde o básico até o ensino universitário. Há várias escolas municipais tradicionais, como Centro Interescolar Municipal Anísio Teixeira (Jardim Guanabara), Belmiro Medeiros, Cuba, Rodrigo Otávio e outras, além do Colégio Brigadeiro Newton Braga (Ministério da Aeronáutica). No ensino médio público, possui o Colégio Estadual Mendes de Morais, na Freguesia. Conta com escolas particulares, como o Colégio e Curso Sonnart e o Colégio Cenecista Capitão Lemos Cunha no Galeão; o Colégio Thales de Mileto no Jardim Guanabara e no Cocotá; o Centro Educacional Di Maggio (Sistema Bahiense) no Jardim Guanabara; as escolas Bretanha, CeEduca e Edel na Freguesia; os colégios Passaredo, Colégio e Curso Zerohum e Cel no Jardim Guanabara. E no Tauá, os colégios MV1 Ilha , no Cocotá, e Jardim Guanabara;São Remo no Moneró; o Centro de Educação e Criatividade Ilha do Governador, localizado no Cocotá; o Centro Cultural Ilha do Governador, situado no Moneró e o Colégio Curso Carpe Diem, com uma unidade localizada no Jardim Carioca. Também conta com o Centro Brasileiro de Cursos, no Cacuia.



Comércio

Possui um comércio variado, desde o popular nos bairros do Cacuia e Cocotá até as lojas mais para a classe média ao longo da Estrada do Galeão, no Jardim Guanabara ou no Shopping Ilha Plaza. O dinamismo da economia do bairro só não é maior pois a limitação do gabarito em três pavimentos - devido à proximidade com o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão - reduz a capacidade de criação de oportunidades dentro do bairro e a criação de uma concentração de atividades com sinergia suficiente para atrair grande movimento de diversas regiões da metrópole. Apesar disso, boa parte da jovem mão de obra insulana encontra emprego nesse aeroporto.

Água e esgoto

O fornecimento de água e esgoto é feito pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro. No Tauá, se localiza a Estação de Tratamento de Esgoto Ilha do Governador.7 Nas praias da ilha, há ligações clandestinas de esgoto que poluem a Baía de Guanabara.

 A ilha possuía uma linha de bondes, em 1922, ligando o Cocotá à Ribeira, sendo estendida posteriormente até o Bananal[desambiguação necessária] e outros bairros. A linha foi desativada posteriormente.


Rodovias

Acessos
O bairro é servido pela Estrada do Galeão, principal via de acesso que, graças à Linha Vermelha, coloca a ilha a vinte minutos da Zona Sul do Rio de Janeiro. O grande marco do desenvolvimento da ilha, porém, foi a construção das pontes ligando a Ilha do Governador à do Fundão e essa ao continente, em 1949.
A ilha possuía um sistema de bondes, atualmente desativado, mas uma das estações, a Estação de Bondes de Santa Cruz, permanece no Cocotá.
A inexistência de uma saída alternativa à Estrada do Galeão provoca grandes prejuízos aos habitantes, que, em algumas situações, chegam a perder horas em engarrafamentos.
Atualmente, o acesso por transporte público para a Ilha do Governador é seu maior problema, fruto de poucas opções, causadas pela restrição por parte dos órgãos municipais de mais opções de transportes por ônibus e de linhas alternativas. Com isso, há poucas (e às vezes nenhuma) opções de linhas para alguns lugares fora da ilha.
Ruas
As principais são a Estrada do Galeão, Estrada do Cacuia, Estrada do Dendê, Rua Cambaúba, Avenida Paranapuã e a Estrada das Canárias, todas destacadas pela extensão das mesmas.
Ônibus
A linha de ônibus Mauá - Governador, da Companhia Paranapuã, foi a primeira a fazer a travessia de passageiros pela nova ligação[carece de fontes]. Seis anos depois, em 1955, a Viação Ideal chegou com as suas linhas. As duas empresas operam até hoje no bairro e são responsáveis por quase todas as linhas internas e de ligação com o continente. Além destas, há linhas intermunicipais bastante famosas como a AutoViação Reginas ligando a ilha a municípios como São João de Meriti e Duque de Caxias e a AutoViação 1001, integrando a ilha à cidade de Niterói.
Transporte alternativo
A ilha sofre com o intenso fluxo de transportes alternativos (kombis e vans), muitas vezes piratas, que provocam congestionamentos e acidentes com bastante frequência.

Ciclovias

A ilha conta com uma rede tímida de ciclovias, apesar do uso intenso de bicicletas por seus habitantes. A maior se localiza na Estrada do Rio Jequiá.

Hidrovias

As primeiras barcas - a vapor - atracavam na Freguesia e depois também no Galeão e na Ribeira[desambiguação necessária] e chegaram em 1838. Antes disso, a ilha era servida por embarcações a vela.
A partir de 1986, foi reativada a travessia marítima entre a Praça 15 de Novembro e a Ribeira, por serviço de barcas, ocasião em que o serviço de aerobarcos (hoje desativado) voltou a operar, realizando o mesmo percurso em doze minutos.
Hoje em dia, as Barcas se localizam no Cocotá e a viagem para a Praça 15 de Novembro demora cerca de cinquenta minutos. São uma alternativa para evitar os engarrafamentos nas horas de pico, já que as únicas saídas são a Linha Vermelha e a Avenida Brasil.



Esporte e lazer

Possui além das praças duas grandes áreas de lazer e esporte, o Corredor Esportivo do Moneró e o Aterro do Cocotá.

Comunicação

Os primeiros telefones - de sistema de magnetos - funcionaram na ilha em 1933. A Companhia Estadual de Telefones da Guanabara chegou com as linhas convencionais em 1962. Durante alguns anos, dois prefixos serviam à ilha - o 393 e o 396. Em novembro de 1989, a Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro incorporou a Companhia Estadual de Telefones da Guanabara.
Por sua característica territorial geograficamente definida e uma população que supera a de alguns municípios fluminenses, a ilha conta com uma imprensa regional desde maio de 1900, quando circulou o primeiro periódico local: O Suburbano. Mais de vinte outros se seguiram até os nossos dias. A ilha também é sede da difusora AM Rádio Rio de Janeiro.

Música

Três escolas de samba marcam a sua presença no carnaval carioca: a União da Ilha, o Boi da Ilha e a Acadêmicos do Dendê. A União da Ilha, em 2010, retornou ao Grupo Especial.

Cinema

Em dezembro de 2009, foi reinaugurado o cinema do shopping Ilha Plaza, localizado no último piso. O novo cinema possui quatro salas modernas, administradas pela Br Malls


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